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TALK A&D: Confira mais sobre o trabalho do artista curitibano André Mendes

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Em seus 20 anos de produção, André Mendes transitou por expressões artísticas, formas, materiais e cores. Começou com o desenho, mas, mesmo com traço livre, percebeu que o domínio bidimensional já não era suficiente para suas criações – e suas linhas começaram a ultrapassar as telas. 

O artista já produziu murais, esculturas e instalações, além das telas. Os elementos orgânicos, no entanto, o acompanham em parte de suas criações – e são sua marca registrada. “Na pintura, estou combinando dois momentos da minha trajetória: os desenhos com características mais gráficas e os elementos tridimensionais pictóricos. Também estou interessado em explorar texturas e uma paleta de cores mais vibrante”, conta Mendes, sobre suas inspirações e momento atual.

Na conversa, falamos sobre as características marcantes em suas obras, o que ele evita a todo custo e o que faz os olhos do artista brilharem na arte brasileira. Confira a entrevista completa abaixo.

Neolar: O que tem te inspirado neste momento?

André: Tenho encontrado inspiração na experimentação de novos materiais, o que tem ampliado minha pesquisa tanto na pintura quanto na escultura. Na pintura, estou combinando dois momentos da minha trajetória: os desenhos com características mais gráficas e os elementos tridimensionais pictóricos. Também estou interessado em explorar texturas e uma paleta de cores mais vibrante.

Neolar: Qual é a obra mais emblemática que você já criou?

André: Acredito que os grandes murais públicos são meus trabalhos mais emblemáticos. Estes trabalhos transformam a cidade, levando a arte de forma democrática para o cotidiano das pessoas. Recentemente, fiz um mural na esquina das ruas Visconde de Nácar com a Carlos de Carvalho, em Curitiba. Este mural conta com um elemento inusitado, as linhas do desenho passam dos limites da parede como linhas tridimensionais e dão um caráter escultórico ao mural.

Neolar: Qual etapa do processo de criação é mais instigante para você?

André: O início, quando traço as primeiras linhas ou dou a primeira pincelada. É nesse momento que o diálogo entre eu e a obra começa a ganhar voz – e estabelece a base de toda a criação.

Neolar: Qual característica é uma constante nas suas obras?

André: Formas orgânicas participam de várias formas, às vezes como elementos secundários na composição, outras vezes como elemento central e personagem protagonista do trabalho.

Neolar: Tem algo que evita a todo custo?

André: Evito deixar a ansiedade de terminar ou continuar uma pintura ditar o meu ritmo de trabalho. Um dos desafios de um artista é saber quando o trabalho está realmente pronto. Alguns trabalhos são finalizados em pouco tempo, outros exigem muito tempo de observação e coragem para serem continuados e terminados. É fundamental ter cuidado para não parar antes da hora e nem criar um excesso no trabalho.

Neolar: O que fez seus olhos brilharem na arte brasileira nos últimos tempos?

André: A força de um novo olhar curatorial que conta nossa história de forma mais ampla e diversa.

Neolar: Qual foi o principal aprendizado do último ano?

André: Organizar a vida de dentro para fora, confiar no caminho e no trabalho.

Segue um Spoiler desse projeto com o André no Noar

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